Chegamos à última parte do relato da nossa viagem a Bariloche e arredores. Tem vulcão, passeio de barco, neve, passeio na floresta,… muita dica bacana e histórias inesquecíveis fechando essas nossas férias. Já estamos com muita saudade!!
Esperamos que vocês gostem e se inspirem! Prontos para continuar a nossa viagem?
5º dia : Cerro Otto
Meio da viagem. Depois de dias repletos de aventuras, resolvemos fazer uma programação mais light e conhecer o Cerro Otto, que fica a apenas 4 quilômetros do centro de Bariloche.
Aliás, pensar no equilíbrio da programação é uma grande dica quando se viaja com crianças.
Apesar de não ter pistas para a prática esportes de tradicionais de inverno como o ski e o snowboard, o Cerro Otto é conhecido por suas pistas de “esquibunda” (descer porções da montanha apoiado em boias ou suportes) e por a sua Confeitaria Giratória.
Como não tinha neve, sabíamos que nosso passeio seria mais contemplativo e essa era a ideia mesmo. A proposta era subir de teleférico, almoçar na Confeitaria giratória, desfrutar da bela vista panorâmica de 360 ° da cidade e apreciar o lago Nahuel Huapí.
A Lola amou subir de bondinho!
Realmente, estar em uma confeitaria giratória é algo bem diferente! Um barato!
Quanto ao almoço… Bem, digamos que você não pode esperar muito de nenhuma dessas confeitarias no alto dos cerros. A ideia é mesmo tomar um chocolate quente para amenizar o frio. Portanto, não espere nada muito além disso. O almoço não vai deixar saudade… Mas, ok! Valeu pelo programa. Sigamos.
Uma vantagem oferecida pelo Cerro Otto é o transporte gratuito, que parte do centro de Bariloche. Então, se você está por lá e não está de carro, nem pense em contratar um passeio turístico para o Cerro Otto. Os ônibus, que saem das ruas Mitre e Quaglia (bem no Centro Cívico), são uma ótima opção.
Fechamos o dia provando os mais deliciosos chocolates da cidade. As melhores chocolaterias ficavam na rua Mitre- a rua do nosso hotel. Deu para conhecer todas! A minha sorte é que eu não sou tão fã de chocolate assim, ou estaria perdida!! 🙂
6º dia : Puerto Varas- Chile
Chega de calmaria. Dia de aventura!
Decidimos conhecer a cidade de Puerto Varas, no Chile, que fica a cerca de 5 horas de Bariloche. Pé na estrada! 🙂
Para fazer esse passeio, sabíamos que, por mudar de país, teríamos que nos adaptar a outras exigências ( Acredite: o Chile é MUITO mais regrado e exigente que a Argentina!).
Vou tentar resumir para não me alongar muito: Se quiser cruzar a fronteira, você precisará de uma autorização formal da locadora de veículos e das “cadenas”, aquelas correntes que colocam nos pneus como medida de segurança em caso de neve.
Infelizmente, esse foi o nosso único estresse da viagem. 🙁 Apesar de termos solicitado 3 vezes, a locadora não nos forneceu as tais “cadenas”, alegando que não seria necessário pois não estávamos no inverno. Resultado? Para conseguir cruzar a fronteira com o Chile, tivemos que voltar 30 km e comprar as tais cadenas (cerca de R$ 300,00) porque elas foram exigidas na aduana.
Quem me conhece deve imaginar que não ficou por isso mesmo, né? Mas no final do post eu conto como terminou essa história. Sigamos!
A viagem é DESLUMBRANTE!! Sério, as paisagens que vimos entraram no rol das mais lindas da vida! O caminho é realmente encantador!
Também é possível fazer essa viagem de barco/ ônibus, por meio do passeio turístico chamado Cruce Andino ou Cruce dos 7 Lagos. Como estávamos com a Lola e o passeio dura o dia inteiro, achamos que seria muito cansativo para ela. Por isso, optamos pelo conforto do carro.
No meio do caminho entre as aduanas da Argentina e do Chile, passamos por um parque natural no meio da Cordilheira dos Andes e, de repente, tivemos a nossa grande surpresa da viagem. Do nada, a paisagem mudou e ficou assim:
Parecia que tínhamos entrado em um portal. Ficamos perplexos! Não esperávamos ver uma cena assim. Não no meio da estrada, em pleno outono. Um belo presente da viagem!
Chegamos em Puerto Varas por volta das 16:30 h. Sinceramente, a cidade em si não tem nada demais… Mas, realmente, a visão do vulcão Osorno é algo impactante e belíssimo. Valeu a visita!
Essa era a visão do nosso quarto. Deslumbrante!
O resto do dia foi de descanso no hotel. À noite, como estávamos no Chile, resolvi matar a saudade do meu prato favorito: risoto de frutos do mar. Escolhemos o Restaurante Casavaldes e amamos!!! Um dos melhores risotos que já comi na vida!
Como o ambiente é mais sofisticado, estávamos receosos pois a Lola dormiu muito na viagem e estava cheia de energia. Mas ela ficou muito bem vendo seus vídeos. Como sempre digo: não dá para ser radical! Eletrônico no momento certo tem seu valor! 🙂
No outro dia, logo cedo, fomos enfim conhecer o Vulcão Osorno. O legal é que dá para chegar de carro até o ponto onde está a Confeitaria. Dali, se não estiver ventando muito, dá para subir de teleférico até o ponto mais alto.
Antonio morre de vergonha, mas vou postar esta foto nossa no vulcão assim mesmo- Eu amei! 🙂 Se ela sumir do post, vocês já sabem o motivo…kkk
7º dia : PASSEIO DE BARCO- ISLA VICTORIA E BOSQUE ARRAYANES
Retornamos a Bariloche e tinhamos que decidir o que fazer no dia seguinte: Cerro Tronador ou um passeio de barco. Ficamos bem na dúvida, mas como já tínhamos visitado muitos cerros, optamos por algo diferente. Decidimos pelo passeio de barco e adoramos.
O passeio dura das 14:00h às 18:30h e é uma delícia. O barco é confortável e possui até uma cafeteria. Ah! O barco é fechado, o que nos protege do frio e dá mais segurança para as crianças. Lorena curtiu demais!!!
O Bosque Arrayanes é lindo, lindo! Dizem, inclusive que foi o local de inspiração para a criação do bosque do filme Bambi.
Lorena amou o clima diferente e lúdico do lugar! Em especial, a casinha de madeira onde fica a cafeteria. O lugar tem uma decoração que parece ter saído de um conto de fadas. Lola adorou a lareira e jurou que o lobo mau tentou entrar por ela. Foi o único lugar que ela saiu chorando porque não queria ir embora 🙂
Depois, seguimos para a próxima parada, a Isla Victória. Outro lugar belíssimo, com árvores gigantescas e um clima encantador de filme!
Lorena corria feliz da vida…Quando percebi, ela estava abraçando e beijando as árvores. Ficamos emocionados!
O dia estava terminando e tínhamos que devolver o carro na locadora. Lembram daquele problema com as “cadenas” que contei lá no início do post? Pois é, vamos ao final da história…
Ao devolver o carro, contamos o ocorrido, trouxemos a nota fiscal com as cadenas lacradas. Informamos que na aduana informaram que elas eram obrigatórias por lei e que, por isso, deveriam fazer parte de qualquer carro alugado. Assim, considerando que foi um erro não as terem fornecido, pedimos que eles ficassem com elas e abatessem o valor da nossa diária.
Para a nossa surpresa, a locadora disse que o erro foi nosso de ter comprado e não aceitaram a nossa proposta, mesmo depois de todas as provas que demos de que o erro tinha sido deles.
Resolvemos então fazer uma doação das cadenas para a polícia mais próxima. E aproveitamos para fazer um boletim de ocorrência, anexando todas as provas, é claro!
Acredito que eles agora vão pensar duas vezes antes de fazer mais um brasileiro de trouxa… Mas, só para garantir e evitar que isso ocorra novamente, é bom registrar: Não indicamos a locadora de veículos Cactus.
8º dia : Buenos aires
Dia de retorno a Buenos Aires. O voo atrasou 2 horas (sem qualquer aviso da LATAM), o que foi mais chato do que deveria pois o aeroporto de Bariloche é muito fraco. Nem restaurante tem. Almoçamos no único lugar existente, uma cafeteria de péssima qualidade. Mas tudo bem! A gente pediu um vinho e estava tudo certo!
Em Buenos Aires, ficamos em Palermo (que eu adoro!), no Vain Boutique Hotel. O escolhi pelo charme e pela localização: por ser próximo ao La Cabrera, restaurante que amamos e já faz parte da nossa história (apesar de, pela primeira vez, não termos gostado muito da carne).
No outro dia, acordamos cedo, tomamos o melhor café da viagem no Vain e dali partimos direto para o aeroporto.
Amamos a viagem!
Hasta luego, Argentina!
E vocês, gostaram do post? Compartilhem com a gente a sua opinião! e, Se gostaram, não se esqueçam de curtir e de nos ajudar a divulgar para que a toca continue inspirando mais e mais famílias!
Grande beijo!
Pri Guerreiro
Bom dia! Estou planejando ir a Bariloche com duas bebês de 1 ano. Vale a pena ir a Isla Victoria com bebês tão pequenas? O barco tem trocador e um lugar onde possamos dar comida pra elas? Obrigada! Seus posts estão nos ajudando muito!
Oi Danielle! Você é do meu time! Corajosa e com disposição para viagens com crianças pequenas! TAMO JUNTA! 🙂 Então, o barco é muito bom e confortável, com uma estrutura ótima! Tem cafeteria interna e é fechado na parte inferior. Não cheguei a ver se tem trocador, mas você consegue trocá-las tranquilamente no sofá do barco onde sua família ficará.É bem confortável. Lá também você consegue dar comida tranquilamente, acredite. Se vale a pena ir com crianças tão pequenas? Bom, aí é bem relativo. Dá, dá. Mas vai depender mais da sua disposição e do seu marido em carregá-las no canguru. O passeio é lindo e não se anda tanto, mas acredito que vocês aproveitarão mais que elas. A dica é só fazer o passeio se o tempo estiver realmente bom porque é um passeio a céu aberto e realmente complica com frio e chuva. Grande beijo! Pri
Tudo bem! Adorando as dicas! Estamos pensando em ir a Bariloche no próximo inverno com nossos filhos que terão 5 e 6 anos na época da viagem. Nosso grande problema é com a alimentação. O mais velho come massa, pizza, mas a caçula só come comida com feijão. É possível encontrar feijão por lá? Obrigada!
Nós não encontramos feijão por lá… O máximo que conseguimos para criança foi um macarrão à bolonhesa, carne ou frango, purê de batatas e legumes no vapor. Inclusive, lembro de pensarmos em considerar alugar um apartamento da próxima vez só para poder cozinhar o feijãozinho dela…
Olá!!! Adorei seu relato! Tb viajo com minha filha desde cedo. Com 1 ano fizemos uma eurotrip com ela..hehehe.. Agora tem 3 anos e vamos para Bariloche. Sua filha no teleférico do Cerro campanário foi sem o canguru? Não uso mais com minha filha e queria ver se consigo subir com ela. Viu crianças subindo?
Oi Tammy! Sim, ela foi sem canguru, no colo do pai. Sinceramente, eu também achei um pouco inseguro porque é aberto. Mas vi várias crianças. Não acredito que tenham histórico de problemas. Mas, de todo modo, com canguru é mais garantido,m né? 🙂 Depois me conte como foi! 😉 Bjs